E. L. James – Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey)


fifty shades of greyAVISO: Essa é a primeira e a última vez que um livro tão imbecil será comentado neste blog. Favor não insistir. Obrigado.

Eis que estava aqui sem ideias do que escrever hoje e pedi para que meus amigos leitores do Facebook indicarem qualquer porcaria que lhes viesse à cabeça. O pessoal se mostrou bem receptivo à ideia e sugeriu coisas interessantes, mas sempre tem um gaiato que quer ver o circo pegar fogo (sim, estou falando com o senhor, sr. Gabriel Ferreira) e que não tarda a jogar a merda no ventilador. “Cinquenta tons de cinza”, grita ele em meio à balbúrdia de gente sensata, o suficientemente alto para chegar a meus sensíveis ouvidos. Boa ideia, rapaz, vamos abrir mais um hectare de espaço ao latifúndio que esse lixo conseguiu na imprensa, mas vamos fazer o serviço direito, então. Vamos fazer essa concessão inédita para nunca mais, e depois podem pedir à vontade Harry Potter, Stephen King, Dan Brown, Marian Keyes, David Baldacci, Padre Marcelo Rossi, Nora Roberts e Nicholas Sparks que vou fazer ouvidos moucos até fazer bico.

Pois muito bem, vamos aos fatos: Cinquenta Tons de Cinza é chamado de mommy porn (pornô para mamães) por duas razões: 1- é pornográfico. 2- só tiazona curte. E por tiazona me refiro tanto à balzaca que ficou pra titia quanto aquela que já engatou a quarta marcha no motor da menopausa. Bom, o fato de só tiazona curtir, por sua vez, desmembra-se em mais três razões: 1- tiazona curte ler o livro da moda. 2- tiazona sempre está precisada (if you know what i mean). 3- tiazona não sabe usar o redtube. Ainda assim, as razões não justificam o bafafá em cima do livro, então vamos falar um pouco sobre ele para que vocês possam chegar a suas conclusões.

O (cof cof) romance conta a história de Anastasia Steele, uma menina virgem de 21 anos, sem nenhum atrativo físico visível que, como todo barro, tem uma amiga gata. Essa amiga, por sua vez, é estudante de jornalismo e está fazendo uma matéria para a faculdade com o magnata Christian Grey, de 28 anos que, por alguma razão que foge a qualquer lógica, é benemérito da faculdade onde elas estudam. A amiga pega uma gripe e pede então para que Anastasia vá entrevistar o sujeito em seu lugar. E ela vai, é claro, todo barro é pau mandado de alguma gata. Aqui já dá pra vocês adivinharem o resto: a vida dela muda por causa dessa coisinha, no melhor estilo Faroeste Caboclo, Indignação, e qualquer outra obra com paralelos identificáveis. Ela se encanta com o sujeito e ele, de quem a lógica já não é a melhor das amigas, parece se encantar com ela também. E os dois começam num flerte mais coxinha que álbum do Dave Matthews Band. Até que ela descobre tudo: Christian Grey é uma espécie de Eike Batista sadomasô, curte dar umas chicotadas e fazer um bondage pra estreitar as relações. E a menina, que nunca nem viu uma jeba na vida, se vê obrigada a escolher entre a velha vida de lisura em que vivia ou embarcar na vibe de um Adônis bilionário cujo único “defeito” é dar umas porradinhas na mulher (quem nunca, Goleiro Bruno…). A princípio ela fica balançada, mas aí chega um Macbook aqui, um carro novo ali, a inveja da amiga gata acolá e, por alguma razão inexplicável, ela topa. Que coisa, não?

E pronto, o resto do livro é putaria maluca até o final. Quer dizer, maluca mesmo é a do Marquês de Sade. É uma putaria, digamos, heterodoxa. Descrições pudicas de cenas de sexo que mostram que mesmo pra uma narradora de baixaria a mulher não serve. Não consegue nem entrar num consenso pra dar nome pro próprio órgão sexual, pô! “Eu o sentia ali”. Ali, aonde, filha? Ali virando a direita na entrada da Régis Bittencourt? Entra nos mínimos detalhes, mas nomenclatura anatômica é coisa de pervertido agora? Decida-se.

Desnecessário acrescentar, mas vai que tem algum desavisado que passou batido pela minha advertência inicial: o livro é irritantemente mal escrito. Vocabulário paupérrimo, estrutura mais simples do que fazer barquinho de papel, tentativas patéticas de digressão e menções deploráveis a uma “deusa interior”. Sério, cada vez que a mulher falava em “deusa interior” eu tinha vontade de bater a cabeça na parede.

Vou confessar uma coisa: até ler esse livro, eu era daquele time dos otimistas. Dizia que o importante era que o povo tava lendo, gastando dinheiro em livro, se dedicando a uma atividade minimamente intelectual, etc. Mas depois de Cinquenta Tons de Cinza, amarguei geral. Vão tomar vergonha na cara e ler coisa que preste, porque descer o intelecto de um adulto ao nível dessa joça é pedir pra tomar uns cascudos. Desculpa, gente, não costumo me alterar nem dar esses ataques de arrogância, mas essa leitura me tirou do sério. Claro, quem gosta de ler coisa boa e quiser pegar isso aí pra ver qual é, pode ficar à vontade, minha birra não é com vocês. Mas se você passa de Harry Potter pra Stephen King, de Stephen King pra Paulo Coelho, de Paulo Coelho pra, sei lá, Zibia Gasparetto, e ainda dá uma arrematada com Cinquenta Tons de Cinza, fica esperto pro cérebro não atrofiar.

Eu poderia me estender sobre esse livro por páginas e páginas da tão preciosa internet, mas receio comprometer ainda mais o bom senso, porque eu sou sempre da turma do deixa disso e ficar criando polêmica não é mais a minha área. Mas resta explicar uma coisa: como essa porcaria de livro fez sucesso? Afinal, não é nem uma história, é um pornô com aquelas tramas toscas de fundo, no estilo dos saudosos VHS tapados da locadora. Todos esses exemplares vendidos se devem a essa fantasia de meia-idade de ser subjugada por um bonitão ricaço? Christian Grey não fala como se tivesse 28 anos, fala como se fosse um senhor de 59 num corpitcho de mancebo, e a Anastasia fala como se fosse uma menina de dez anos num corpo de 27, então a distância de educação emocional aí aumenta uns três canyons. Junte os pontos, então: a protagonista é um barro infantilizado (barro, pra quem não sabe, é mulher feia, ou fraca. E por fraca quero dizer pobre de espírito), e tem a chance de, pela primeira vez na vida, fazer inveja na amiga gata e ser comida por um cara rico, bonitão, na flor da idade que, ao invés de ficar por aí de bauduco nocauteando as pistoleiras, prefere uma parada mais intimista e monogâmica, embore ainda goste de mandar. É nesse “me pega no colo, me deita na cama e me faz mulher” que reside o sucesso de Cinquenta Tons de Cinza? Vocês me dizem.

Comentário final: 450 páginas de pura baboseira. Já sabe em quem tacar, né?

60 Respostas para “E. L. James – Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey)

  1. KKKKKK!!!!!!! Yuri, assim você de desamina, estava curioso para ler e saber todo esse bafafá que se tem na mídia sobre essa obra. Agora vou ser obrigado a voltar para Jonathan Frazen e Faulkner. (Então minha proposta de ler Stephen King para ver você destilar veneno não vai mais acontecer?, KKKKKKK) Valeu você vai me fazer não perder tampo lendo-o, apesar de já estar com o prejuízo de tê-lo comprado.

  2. E sabe qual é a pior parte? Esse livro não é apenas UM volume. É uma TRILOGIA!!!! Aqui no BR só foi lançado o primeiro >_< Nos próximos meses/anos teremos uma queda brusca de massa cinzenta nas cidades do país.

  3. (Achei seu blog procurando sobre o Mutarelli e curti bastante :D)

    O Cinquenta Tons de Cinza na verdade era uma fanfic de Crepúsculo que fez sucesso na internet. Por isso é tão mal escrita. A autora só mudou os nomes dos personagens e publicou.

  4. Primeiramente, eu sempre tive um pé atrás com esses livros que vendem igual 3 bandejinhas de morango por R$5,00, ou saco de 2kg de laranjas por R$1,00. Eu li uma entrevista da autora e quando eu vi que ela era fã de “Prepúcio”(aquele livro lá do vampirinho que brilha e da menininha insossa igual berinjela sem tempero), e que escrevia fanfics sobre isso…Bom…foi um “facepalm” instantâneo. Porém, contudo, entretanto, não podemos julgar um livro sem antes ler pelo menos 1 página. Bastou eu encontrar um .pdf maroto e nas primeiras páginas eu percebi o quanto o processo de extração de massa cinzenta era da métrica de toneladas por página. Tedioso, óbvio, clichê. Qualquer zé ruela punheteiro de 15 anos escreve cenas como aquelas, personagens extremamente superficiais, tediosos e previsíveis. Não terminei o livro todo, na verdade não cheguei nem na metade. Quer um livro erótico bom?Leiam “A casa dos budas ditosos”, de João Ubaldo Ribeiro, qualquer coisa do Marquês de Sade ou assistam seriados da HBO.
    O livro “CINQUENTA TONS” é tão ruim, mas tão ruim, já tem “Marcelinho lê contos eróticos” dedicado para ele. E eu sempre costumo fugir da lista de best-sellers da Veja, pois eu sei que a maioria(quem generaliza, perde a razão… não é o que dizem por aí?) é tudo cilada!#CORRAAA BINO!ESTE LIVRO É UMA CILADA!

    • Outros livros eróticos muito bons foram os da trilogia “Memórias Eróticas de Paris na Belle-Epoque, lançada pela Editora Globo há alguns anos. Muito bem escritos e com cenários e situações muitíssimos interessantes.

    • Tem também os contos eróticos de Nelson Rodrigues, que chegaram a ser adaptados e passados no Fantástico c/ o nome de “A vida como ela é” (1996). Nunca cheguei a ler pq não é tipo de literatura que me desperta interesse, mas cheguei a ver aluns contos adaptados no fantástico na época. De qualquer forma, tenho certeza que é muito melhor e mais bem escrito que esse livro tijolão que só serve mesmo p/ escorar a porta.

  5. Gostei de saber que tem gente que ainda anda na contramão desta sociedade manipulada que engole tudo o que a midia passa e não para para refletir sobre o que acontece, apenas aceita. Além de baixa, ela ainda não deixa os filhos dela lerem. Por que será?

  6. Essa foi uma das resenhas do Livrada que eu mais ri.
    Yuri mandou ainda melhor dessa vez!
    Como é que é mesmo? “Um bondage pra estreitar as relações”. kkkk

    Realmente é de se temer o futuro dessas leitoras. Estão dentro da caverna de Platão da literatura. Hã! Filosofei! hahaha

    Hey Yuri, eu curto Stephen King pô! Maneirinho até! O que tú já leu dele?

    Aliás, tá na hora de você fazer uma resenha de um dos calhamaços do Pynchon eim!

    Abraço e parabéns pelo excelente blog.

      • Pois é Cintia. Aliás, estou meio atordoado com o último comentário da moça que diz que o livro é uma “versão mega chupada de Crepúsculo”. A que ponto chegamos!

  7. Que bom, estava achando que era a única na contramão!!! Fiquei chocada com a história, aliás que história!? Na verdade o que realmente me choca são as meninas de 20 e poucos anos dizendoque amaram o livro e que o personagem Grey é apaixonante!!!
    É sério isso mesmo!?
    Pessoas q acharam esse livro bom, com certeza são pessoas q não leem!!! E com certeza, não têm com o que comparar!!!
    Nem preciso dizer mais nada, pq já esta tudo maravilhosamente explicado acima!!!
    Adorei o blog!!!!!!!!!!

  8. Hahahah…não sei como eu vim parar no blog, mas essa resenha foi impagável e agora estou assinando o feed.
    Excelente texto. Repleto de sinceridade e passando longe daquelas críticas pedantes e falaciosas “Não leia o que está na moda! Bom é Álvares de Azevedo!”.

    Já estava decidido em seguir o blog quando vi que a última resenha era de “Retalhos”, aí que não tive dúvidas! Muito bom gosto!

  9. Oi!!!

    Achei seu blog meio por acaso pq um amigo postou no fb, e curti bastante a ideia. Tb tenho um blog, e respeito bastante a exposição que é falar de forma livre sobre suas ideias e opiniões. Mas vim aqui na verdade para expressar uma opinião contrária a sua no que diz respeito a esse livro. Sou uma pessoa que definitivamente gasta dinheiro com livro. Amo ler! E sempre passei longe de best-sellers. Nao por preconceito, nem nada, simplesmente pq nunca consegui gostar deles. Nem Código da Vinci consegui terminar de ler. Mas “50 tons de cinza” chamou minha atenção. Achei a proposta diferente da maior parte dos livros da modinha, e comprei pra ver qual é. E, olha, vou te falar que estou adorando. Ainda nao terminei, mas já estou na página 300. De fato, a escrita dela é bem simples. Pra quem está acostumado a coisas mais refinadas ou experimentais, chega às vezes a irritar um pouquinho. Os personagens tb não são elaboradíssimos, nem passam por conflitos psicológicos hiper complexos. Mas, ainda assim, estou achando o livro divertido, leve, com uma leitura gostosa, fácil e rápida, e, o principal: acho que cumpre mto bem sua proposta de ser um livro erótico. E, bem, tenho 23 anos, nao sou uma mamãezona caindo aos pedaços, mto menos fiquei pra titia. (pelo menos, assim espero heheh)
    Sou atriz e tenho que lidar mto com essa questao de critica e tal. E uma coisa que percebo mto é que, muitas vezes, as pessoas nao embarcam na proposta do espetáculo/filme/livro. Vao assistir à obra já com uma ideia do que esperam sair dali, ou do que em suas opiniões deveria ser o mais “adequado”. No caso da E.L. James, acho que a proposta dela era fazer um livro erótico capaz de ser lido por um grande público mesmo, sabe. E nao mta coisa além disso.

    Nao quero causar polêmica com esse comentario nao. Mas como gostei bastante do blog e ele me pareceu aberto para “debates”, fiquei com vontade de expressar tb o que achei do livro em questao.

    Vou continuar aparecendo por aqui para ver as resenhas e quem sabe pegar dicas.
    Beijos,

    Natasha

      • Ri horrores com a crítica, tinha que ser escrita por homem mesmo.
        Mas me senti no dever de ser solidária à Natasha.
        A menina mostra um ponto de vista diferente do seu e vc responde com “você escreve pq”?!
        Sério??
        Achei fraaaaaco.
        Enfim, Natasha, concordo com vc! (será que vou ser recriminada por escrever “vc”?)
        Tô longe de ser tiazona ou barro, não largo meu Sabato e meu Vargas Llosa, mas me diverti com Cinquenta tons.

        p.s. Adorei a resenha do livro novo do Garcia Roza, meu último foi Achados e Perdidos 😦

      • Vou ter que concordar com a Carolina. Bem mêiaboca esse comentário do Virgilius eim!

        A senhorita Natasha discorreu com desenvoltura sobre o livro, então o seu comentário de que ela escreve “pq” tá meio infundado né não? (será que vou ser recriminado pelo “tá” “né”?).

        Não concordo, mas respeito a opinião das moças. Ainda mais porque elas se mostram conscientes da qualidade do que estão lendo, mas são atraídas por outros fatores (hummm safadinhas! kkkk), excluindo-se o valor erudito da obra.

        Eu também faço isso. Frequentemente pego livros apenas por serem bons passatempos, principalmente depois da leitura de algum livro mais “pesado”. Não vejo problema algum nisso. Pra mim, a leitura não é APENAS um exercício de erudição, é também um ótimo passatempo despretencioso. Mas uma pessoa ler somente esse tipo de livro, aí sim eu poderia chamá-la de “leitor vazio”. Sem arrogância na conotação, por favor.

        Tô contigo moças, se a Tons de Cinzas são bastante coloridos pra vocês, esbaldem-se.

    • Adorei o que vc escreveu, e a pessoa que criticou por vc ter escrito “pq” no mínimo leva 3 dias pra teclar um comentário .. a vida é rápida .. tem coisas que podemos simplificar sim .. E outra tô quase apostando que todas essas pessoas que falam tão mal do livro até que gostaram … kkkkkkkkkkkk .. mas assumir isso já é mais complicado !!! Eu ainda não li … Esse tipo de leitura só faço nas férias .. então preciso esperar dezembro … ADORO ler simplesmente por ler …

  10. Ô! Excelente resenha, blog idem. Também não sei como vim parar aqui, mas curti. Se puder recomendar uma leitura e, quem sabe, uma resenha, recomendo a trilogia da escuridão, do Guillermo Del Toro (aquele do Labirinto do Fauno) + Chuck Hogan (reteirista hollywoodiano). Invasão de vampiros, mundo caótico, resistência precária…

    • Sensacional essa trilogia! Li quando lançaram o primeiro e terminei deprimida por ter que esperar os próximos. O tempo passou e quando vi já existiam os três, reli o primeiro e os restantes em umas duas semanas! Achei a abordagem do vampiro como uma infecção muito “realista”, realista por não ser algo do fantástico – vampiro que brilha no sol… – ou do punimento divino.
      Excelente!

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  12. Depois de ler um capitulo em um site qualquer, cheguei a conclusão de que sei escrever sacanagem tão bem ou melhor que ela. Só preciso saber agora como ganhar dinheiro com isso. Kkkkkkkk

  13. perdi a curiosidade que eu nem tinha, quando vi que a tiazona escrevia fics inspiradas no casal sem sal de crepúsculo… Ri muito!!!!! Sou obrigada a mandar isso para uma amiga tiazona kkkkk

  14. Achei seu blog por indicação de outro blog… E morri de rir com sua review de 50 tons de cinza, é bom encontrar alguém com senso… Estava comprando uns livros quando a moça do caixa me pergunta – Vc sabia q já lançou a continuação de 50 tons de cinza?? E eu… e???
    A mulher me disse q em 8 horas tinham vendido mais de 300 copias! Isso pq é uma livraria pequena… Enfim… Devo dizer q minha fé morreu um pouco… Me passaram o pdf desse livro do tipo vc TEM q ler… Juro q não tive forças pra terminar o 4º cap…

    Só discordo de uma coisa, colocar autores como a Rowling e o King no mesmo patamar dessa senhora é uma injustiça tremenda! Harry Potter pode não ser Shakespeare, mas é uma serie bem construída sim… E o King tem uma serie de livros bem interessantes, são obras primas? Talvez não mas são leitura pipoca de primeira qualidade, e não tem nada de errado com isso, na minha opinião… Já essa senhora estaria melhor escrevendo fanfics q é de onde esse livro horrendo surgiu…

  15. Povo exagerado kk nem li, mas irei lê-lo, por curiodade claro, mas penso que ler um livro é “ler um livro” por qualquer motivo que seja, alguma coisa vc extrai, ou sei la, viaja na maionese. Pra mim essa é a intenção de ler, sair da realidade, ou me incluir nela. Depois do livro acabado… a vida continua..bjs

  16. Achei um PDF ma internet com a bendita trilogia e, sendo uma idiota completa, não me contentei em ler apenas o primeiro volume. E posso falar? Acho que a fascinação das mulheres (não só as tias, tem muita gente nova lendo e amando) vai além do “me pega no colo, me deita na cama e me faz mulher” que o Yuri questionou.

    O caso é que o Mr. Grey representa aquele cara bonitão, bom de cama, mas com problemas – ou sem intenção – de se relacionar que quase toda mulher já conheceu/vai conhecer um dia e acha que pode consertar! E bom, (SPOILER DOS LIVROS 2 E 3, não que alguém vá se importar.) a tonta da Ana, sem nenhuma explicação plausível, consegue transformar o velho num cara romântico meloso, e eles se casam, têm filhos e vivem felizes e ricos para sempre… Aah vá!

    Pra uma adolescente meio tapada que sonha com contos de fadas (the kinky ones) e para as tias precisadas (tanto de romance quanto de uma boa ***) o apelo é grande demais para que elas sequer reparem na escrita deficiente e na surrealidade das situações.

    Antes tivesse continuado na linha pornô, sem a melação toda!

  17. Cara, cheguei aqui pelo blog COISA DE DIVAS e adorei! Eu adoro ler, e estava curiosa sobre o bafafá em cima desse livro… não conheço ninguém que leu, e quem leu, não vi nenhuma palavra positiva ainda sobre esse livro!

    Ou seja, definitivamente não tenho intenção de ler… obrigada pelas explicações da história.

    =)

  18. Li os três numa tacada só. Me irritei muito com algumas partes do livro (mocinha inocente intocada meets macho alfa dominador? acho que não hein…) principalmente pq é uma versão mega chupada de Crepúsculo, ficou meio repetitivo (tb li os crepusculos) MAS com sexo, que é o que faltava com os vampiros. Acho que no geral é super válido ler essas besteiras pra desopilar e saber do que se trata isso que tanto se fala. Como alguém já comentou, o problema todo é quando alguém lê SÓ esse tipo de livro, aí complica pro lado intelectual do vivente….

  19. Certamente mais um lixo de livro que vai vender horrores, mas o pior de tudo é o seu preconceito com as “tiazonas” (um dia serei uma) por colocar todas as mulheres cinquentonas na mesma bacia. Bem ridículo isso. Tenho certeza que quando eu for uma tiazona, não terei um cérebro tosco para me alimentar deste tipo de leitura e nem deixarei de ter uma vida sexual prazerosa (algo que já tenho). Criatura, TODA a generalização é BURRA. Já te disseram isso?

  20. De tanto ouvir as pessoas dizendo que este livro é maravilhoso, estava me sentindo um ET por ter detestado ele.
    Ainda bem que finalmente encontrei alguém sensato para me tirar essa sensação…
    Cinquenta Tons de Cinza foi o pior livro que já li na minha vida!

  21. Boa tarde. Acabo de ler o que você escreveu criticando o Livro mais vendido do mundo. Eu discordo. Acho que cada um tem seu gosto pra ler, pra escrever. A Autora escreveu muito bem, adorei o livro, fala sobre um assunto muito gostoso..conheco casais que hj vivem muito melhor sua relação sexual, ler quem quer, quem não quer, fique calado! Não é a toa que esse livro ta no topo. Respeitem.

    • Concordo com a Nanda, o que faz um livro “dito ruim” virar sucesso é que os “grandes intelectuais” (pelo menos pensam que são) correm ler o livro e invés de simplesmente esquecer o mesmo por não gostar da leitura ficam falando e criticando algo que só interessa a ele mesmo .. No que vai importar eu saber tudo que foi dito de ruim acerca desse livro … Isso só desperta minha curiosidade … isso faz o livro ser o mais vendido !!!! Estou vendo aí uma boa oportunidade de ganhar dinheiro … rss …. Vou escrever uma baboseira interessante e vai bombar pq os nobres de inteligência e cultura vão falar muito mal da minha obra … e vai vender muitooooooo .. uhuuuuuuuuu … descobri a mina de ouro !!!! Deixem ler quem quer ler e decidir por si mesmo se foi bom ou não. Não suporto mais essa postura de ser correto, culto, e bla bla bla …. vão ser felizes. Cada qual com seu cada um !!!!!

  22. Todos nós temos a livre e expôntanea vontade e direito de se expressar. Criticar e tudo mais. Mas para mim, isso é pura inveja, de ver que o livro fez tanto sucesso. Eu li o livro , e ele é ótimo. Acho que um livro é um lugar onde você desabafa, fala o que quer e como quiser. Si ela tem seu vocabulario apropriado, si ela tem uma pessoa erótica dentro de si ( que todos nós temos , aliás ), sinto muito querida, mas você é doidinha pra fazer o mesmo e fica criticando.

  23. Sabe o que está faltando nessa sociedade carênte???? Intimidade! Pois vivemos no fast food do sexo sem ao menos a pessoa conher com quem está. E qdo lê um livro desses fica Ohhh nossa que legal tbm quero um ricaço que me foda gostoso assim.Benzinha até eu né..kkkk

  24. Gente…por favor…que pobreza de cultura…vamos ler mais Martha Medeiros, e assumir seus gostos e fantasias sexuais e tratar de po-las em prática antes de morrer…ao invés de ficarem comprando livrinhos com histórias “mela-calcinhas(cuecas), como esse…por favor…tgem razão a Adriana qe postou ai…vão ter mais intimidade com seu parceiro(a) e tentar ser feliz…nao seguir um manualzinho baixo de como fazer sexo…

  25. Mancada colocar Stephen King e Harry Potter no mesmo patamar que essa mulher, Yuri. J. K. Rowling não tem a melhor escrita do mundo, tudo bem, mas criou todo um universo fantástico e isso não é para qualquer um.
    Para quem nunca leu Stephen King, posso declarar a todos pulmões: o cara é um gênio. O gênero que ele escreve é terror? Sim, mas a escrita dele vai muito mais a fundo, chegando ao ponto de lidar com o lado mais primitivo do ser humano. É só ler O Iluminado, que discorre as relações da família Torrence (o pai ex-alcoólatra, que enfrenta a abstinência do álcool; a mãe, que é um doce de gente, mas sente ciúmes da preferência do filho pelo pai; e o garoto de cinco anos, que é capaz de compreender bastante a crise de casamento dos pais, apesar da pouca idade).
    Concordo de 50 Tons é um aborto literário, mas não vamos desmerecer os bons livros por causa disso.

  26. Eu ri tanto nessa resenha que não sei nem o que comentar. Eu li 10 páginas do livro e me senti suja. Não suja por causa do sexo, suja porque o livro é muito ruim. Eu senti como se Machado de Assis estivesse me julgando ou algo assim. hahahahahaa

    Mas enfim, até entendo a atração de algumas mulheres – minhas amigas já tentaram me explicar porque gostaram do livro. Então não critico muito e se elas gostam, fazer o que? Eu estou tentando usar isso para fazer elas lerem outras coisas…vamos ver se dá certo. 😉

  27. O pior livro que já li. Cruzes! Ótima resenha. Principalmente a parte: “o livro é irritantemente mal escrito. Vocabulário paupérrimo, estrutura mais simples do que fazer barquinho de papel, tentativas patéticas de digressão e menções deploráveis a uma “deusa interior”. Precisa dizer mais algumas coisa?

  28. Meu caro, amei seu texto, muito bem escrito. Devo confessar que concordo muito com o que você nos diz, realmente é preciso reavaliar o que muitos consideram “literatura”, mas, só tem um detalhe, pelo amor meu jovem, tira correndo o king daquela listinha de furrecas. Tudo bem que alguns de seus livros mais thresh não são bons para se fazer referência, mas temos que concordar que ele nos brindou com alguns clássicos maravilhosos, e muitos deles são apenas contos. Temos romances como: Misery: louca obsessão, O iluminado; coletânea de contos como As quatro estações. Não curto toda a obra dele, pois nem gosto de Terror, mas reconheço nele um bom escritor.

  29. Pingback: A dialética das fanfics de esquerda - Senso Incomum

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