Desafio Livrada! 2016

Mais um ano, queridos leitores. Estamos aqui seguindo firme e forte nessa brincadeira de ler livros e falar sobre eles na internet. Como é tradição todo ano há uns quatro anos, abro a temporada 2016 com o Desafio Livrada! Mais uma vez com 15 categorias, 14 das quais você escolhe e uma delas quem escolhe sou eu porque alguém precisa salvar um desavisado de encher o ano com Danielle Steel e afins.

Todos os anos o Desafio Livrada! tem por trás de suas categorias uma intenção geral. A do ano passado, carinhosamente e oficialmente-não-oficialmente batizada de Highway to the Danger Zone, tinha como objetivo fazer o leitor sair de sua zona de conforto e entrar em uma zona de perigo, com leituras desconfortáveis, pouco usuais. A desse ano, como pode-se perceber (ou não pode-se perceber), é aquela mesma daquela plaquinha que dizia γνωθι σεαυτόν, ou “Conhece-te a ti mesmo” em letras não-escrotas.

Mais do que isso, gostaria de propor ao leitor desse ano um mergulho não só um ano de auto-conhecimento, mas um ano de conhecimento literário um pouco mais erudito. Temos entre as categorias um prêmio Nobel, um cânone da literatura, um livro russo e algumas outras que podem fazer com que o leitor adentre 2017 tendo vencido alguns traumas de sua vida de leitor iniciante ou experiente. As outras categorias fazem parte do processo de conhecimento interior. Com elas você vai descobrir por que comprou um determinado livro que lhe pareceria ilógico de comprar, quais os guilty pleasures que lhe fazem bem, qual é a literatura produzida na sua terra e qual o seu trauma de nunca ter lido nada que seus amigos já leram.

E o que você faz com tudo isso, você pode estar querendo me perguntar. Nada, amigo. Faz quem quer, quem não quer não faz. Fica peixe. Mas quem quiser brincar como centenas de pessoas que já toparam a brincadeira pelo instagram, é só fazer sua lista de livros que se encaixe em cada uma das categorias, botar a leitura pra frente e, se quiser, compartilhar com a gente, seja em forma de vídeo, seja em forma de foto no insta, usando a hashtag #desafiolivrada2016, como você pode ver alguns exemplos já postados. Seguem as categorias:


1- Um prêmio Nobel
2- Um livro russo
3- um cânone da literatura ocidental
4- uma novela
5- Um livro que você não sabe por que tem
6- Um autor do seu estado
7- Um livro publicado por uma editora independente
8- Uma ficção histórica
9- Um livro maluco
10- Um livro que todo mundo já leu menos você
11- Um autor elogiado por um escritor de quem você gosta
12- Um livro bobo
13- Um romance de formação
14- Um livro esgotado
15- As aventuras do bom soldado Svejk

Dúvidas sobre as categorias? Segue o vídeo explicativo. É só clicar na imagem abaixo. Ou pode deixar sua dúvida nos comentários do vídeo que eu respondo também 🙂

Desafio Livrada 2016

Ainda não sabe do que eu estou falando? Veja aqui os outros:

Desafio Livrada! 2015

Desafio Livrada! 2014

Desafio Livrada! 2013

Desafio Livrada! 2011

Vídeo: Desafio Livrada! 2015

Agora sim! Sejam bem-vindos oficialmente ao Livrada! 2015, que é o Livrada! on fire. Estamos em site, Twitter, página do Facebook, canal do YouTube e agora também no Instagram. Quase igual o McDonalds, onipresente, imperialista, querendo dominar o mundo enquanto você cochila. Yeah!

Pra começar o ano (que na verdade só começa depois do carnaval, tem o desafio do ano. Reparou que depois do Desafio Livrada! 2014 quase todos os desafios literários desse ano seguem esse molde? É, é o Livrada! lançando tendências em terras tupiniquins. Uns tentam me copiar, outros tentam… ah, sei lá, não tenho vocação pra fazer frase de piriguete.

Pra quem não sabe, já tinha lançado no começo de janeiro o Desafio Livrada! 2015 no Facebook. Mas aqui vão as 15 categorias e o vídeo explicativo (mais ou menos explicativo). Antes, contudo, algumas palavras sobre esse desafio.

Ele segue o mesmo molde do ano passado, só que a novidade é que agora existem categorias que vão causar desconforto, não importa qual tipo de leitor você seja. As categorias do ano passado eram mais abertas e mais flexíveis ao gosto de cada um, mas o Desafio Livrada! 2015 é um desafio de verdade porque invariavelmente você vai ler um ou dois ou três ou cinco livros que não leria de outra forma, e talvez sequer consideraria. Com isso, contudo, espero não irritar os leitores, mas fazer o papel de um blog literário, que não é, ao contrário do que alguns pensam, guiar o consumo, mas apresentar novas oportunidades de leitura e interpretação. E a interpretação passa pela diversidade. E a diversidade passa pela experiência do conhecimento, e a experiência do conhecimento nem sempre é massa. Então, fuerza.

Desafio Livrada! 2015 – HIGHWAY TO THE DANGER ZONE

1- um livro policial
2- um livro infanto-juvenil
3- um livro de ficção científica
4- um livro escrito antes do século 20
5- um livro de ensaios, artigos ou crítica literária
6- um livro que você já está querendo ler há mais de dois anos
7- um romance com protagonista feminino
8- um romance africano
9- uma peça de teatro
10- Um romance de realismo maravilhoso latino-americano
11- um livro que todo mundo diz que merece uma chance mas você acha que não
12- uma biografia
13- um livrorreportagem
14- um livro que virou filme.
15- Pastoral Americana

MONTAIGNEClica no Montaigne.

Desafio Livrada 2013 – O inimigo agora é outro

Já assistiram àquele filme Revolver, do Guy Ritchie? Se não viu, pule este parágrafo porque tem spoiler (olha só pra mim, avisando pras pessoas de spoilers nos meus posts, essa humanidade tá perdida mesmo). Então sabe como é, o sujeito tenta lutar para subir na vida, para vencer seus principais inimigos e no final das contas o inimigo é nada menos do que o ego. E não estou falando aqui do site de fofocas, nem do Caça-Fantasmas (não tinha um Caça-Fantasmas chamado Ego?), mas da partezinha do nosso inconsciente que nos forma. Em outras palavras, o inimigo é você mesmo.

Imbuído desse ímpeto de frenar as auto-sabotagens do dia a dia, seu humilde blog resolveu que a volta do Desafio Livrada! (quem não lembra do Desafio Livrada 2011?) seria marcado por desafios autoimpostos. Dessa forma, todos conhecem seus ritmos, seus gostos e suas forças de vontade, de maneira que esse é mais uma forma de fazer um desafio literário que fuja ao lugar comum de quantificar leituras e que permita inserir uma qualidade nesses momentos de prazer literário que eu espero que todos aqui tenham esse ano. Pedi então aos seguidores do Facebook para discriminarem ali seus desafios e agora os compartilho oficialmente aqui com todo mundo para que o mundo saiba: O desafio Livrada! 2013 está de volta e ninguém pode pará-lo. E se alguém tiver algum problema em divulgar a imagem de perfil do Facebook nesse blog, é só mandar um e-mail para bloglivrada@gmail.com, mas é aquela coisa: é o equivalente a ir pra praia de nudismo e não querer que ninguém te olhe.

Eis os nossos bravos soldados:

Pedro Victor

Nome: Pedro Víctor

Meta: “15 livros. entre eles o infinite jest, o mason e dixon e o idiota. e algum do roth, claro”.

Categoria: Triathlon de Cabeceira.

Bruno Rodrigues

Nome: Bruno

Meta: “6 livros: 3 clássicos e 3 lançamentos”.

Categoria: Offspring literário.

Raphael

Nome: Raphael

Meta: “Ulisses e Infinite Jest! O resto é complemento!”

Categoria: Companhia das Letras Fanboy.

Carolina

Nome: Carolina

Meta: “12 livros em 12 meses! Os dois primeiros eu decidi por culpa de posts do Livrada: Cosmópolis e A trama do casamento.”

Categoria: Cooper (de muito bom gosto).

Gabriel

Nome: Gabriel (não é a foto dele, mas era a única que dava pra pegar).

Meta: “Meta mesmo eu não tenho, mas o foco é Infinite Jest – ou seja, a responsabilidade pelo cumprimento da minha “meta” é do Galindo e estou livre, leve e solto pra ler qualquer coisa no caminho”

Categoria: It’s now or never.

Sandoval

Nome: Sandoval

Meta: “Conseguindo, até o momento, manter a meta de pelo menos um por semana. Até agora: Cinzas do Norte (Milton Hatoum), Cabeça de Negro (Paulo Francis), Um Copo de Cólera (Raduan Nassar), Como me Tornei Estúpido (Martin Page), A Mãe (Gorki), Jornalistas e Revolucionários (Bernardo Kucinski). Se bem que eu tava de férias, o que deu uma colaborada. Quanto à metodologia de escolha para os próximos 11 meses, ela é a mesma de anos anteriores: nenhuma.”

Categoria: Usain Bolt de biblioteca.

Guilherme

Nome: Guilherme

Meta: “Em 2013 quero ler Anna Kariênina, Ulysses e um grande do Pynchon (se quiser recomendar algum, só li Vício Inerente). O resto é lucro e complemento!”

Categoria: Em busca do clássico perdido.

RA

Nome: simpático blogueiro

Meta: 30 livros que estão na minha estante e que eu ainda não li.

Categoria: Acumulador.

Todos devidamente anotados, damos início aos trabalhos do Desafio Livrada! 2013. Não nos decepcione e, mais importante, não se decepcione. No final do ano, faremos um balanço, então mantenha o contato!

Até a próxima, coleguinhas!

V.S. Naipaul – Uma casa para o sr. Biswas (A House for Mr. Biswas)

A house for mr. biswasNão sei quanto a vocês, mas eu estou levando a sério o desafio literário livrada 2011. Já li o primeiro livro do meu autor escolhido. De fato, acabei de lê-lo agora e já resolvi escrever enquanto a coisa tá fresca na cabeça. Sem mais, vamos a ele.

Vidiadhar Surajprasad Naipaul, esse índio velho com cara de figurante de filme do Giuliano Gema, minha gente, é o autor que eu escolhi para conhecer esse ano. Nasceu de uma família indiana na década de 30 em Trinidad, aquela ilhazinha simpática que fica em cima da Venezuela, do ladinho de Tobago, e, após uma vida estudando entre os ingleses, ganhou o prêmio Nobel de literatura em 2001, aos quase 70 anos. Povo de Estocolmo, vamos começar a reconhecer o mérito literário das pessoas mais cedo um pouquinho, vamos? O que o idoso vai fazer com o milhão de platas que ele vai colocar no bolso com o prêmio? Gastar tudo com remédio nas farmácias Minerva? Dá o vil metal na mão de um escritor mais garotão, pra ele gastar com Jet-skis, shows particulares do Yo-Yo-Ma, raves em Santorini, enfim, dá dinheiro pro cara viver a vida, né?

Enfim, voltando ao assunto, Naipaul escreveu, em 1961 esse mega romance de formação com traços de pós-colonialismo (é sério gente, existe uma corrente literária com esse nome, não iria enganá-los de graça) chamado Uma casa para o Sr. Biswas (na ficha técnica da Companhia das Letras, colocaram que o título original era “A house to Mr. Biswas, mas não é to, é for, mancada básica do inglês básico). O livro, parte drama, parte comédia, fala da história de Mohun Biswas, o sr. Biswas da história, um cara que cresceu numa família minimamente grande, como costumam ser as famílias hindus a julgar pela família do Apu, que é o único hindu que eu conheço, e ele é só um desenho animado, e, acho que por isso, sonha em ter um cantinho só pra ele. Tido como maldito por um pândita, um sacerdote que vem traçar a personalidade dele, cresce recebendo uma sutil hostilidade de sua família, e casa com uma mocinha chamada Shama, da terrível família dos Tulsi, uma família de comerciantes maior que o Polyphonic Spree inteirinho, cheio de gente autoritária e sem paciência pra nada. Mohun então começa a trabalhar de jornalista e a escrever pequenos contos enquanto tenta conquistar sua própria casa, sendo enganado por tudo e por todos a todo momento.

Contar mais do que isso é spoiler, então vamos às análises. Primeiro, considero que Naipaul escreveu esse livro com uma grande paixão, pois a história de Biswas está muito associada à história de seu pai e, por conseguinte, à sua infância em Trinidad. Assim como Biswas, Naipaul queria ser escritor, e também assim como Biswas, seu pai fora jornalista sem ter muitas leituras, e considerava os escritores os seres mais nobres do mundo. Acho que toda obra escrita com muita paixão por um determinado universo deve pelo menos ser considerada a ser lida com carinho, e ponto final.

Falando um pouco sobre o Sr. Biswas. A trajetória que o protagonista desenvolve ao longo de sua vida pode ser compreensível se levada em consideração o meio em que cresceu. Hostilizado por seus pais, pois o pândita havia dito que seu espirro causava azar, Mohun começou a se rebelar contra tudo aos poucos. O drama de não ser bem quisto e ainda assim ter de conviver com pessoas hostis — família, ainda por cima — é motivo bom pra querer chutar o pau da barraca, a meu ver. Depois, na adolescência, quando é forçado a casar com Shama, e a morar com uma família gigantesca, é mais um motivo para revolta. Uma vida que vai sendo arrastada para as situações, por assim dizer. Toca fundo no nosso senso de liberdade, a mulherada fica doida quando vê uma mulher de burca, é ou não é? O Biswas tem algo nele de bom, de nobre, mas isso não é despertado pelas frustrações perante a vida que lhe corroem com a força e a dor de uma lâmina profunda de agonia (achou bonito? É do Funk Fuckers!). Aí entramos em outra questão importante do livro: a rotina e as responsabilidades que oprimem a criatividade e a vontade do pobre proletário. Mohun não pode escrever e não pode exercitar todo seu fascínio pela cultura e pela literatura porque tem que cuidar do telhado que tá caindo, dos quatro filhos pra criar, da esposa que só reclama, etc. Então, ô-ô-ô-ô mai bróder,  é o rodo cotidiano.

Vidiadhar Surajprasad NaipaulUma última coisa que queria falar sobre o livro é uma passagem que me marcou muito. Vou tentar não contar muito do contexto para não estragar a leitura de quem, porventura se aventurar nesse livro. Bom, acontece que, em dado momento, Biswas consegue comprar uma casa, mas diante de um cenário completamente hostil. E aí ele se depara com uma realidade cruel do estado capitalista: quem tem posse tem medo. Ele começa a se sentir acuado em seu próprio terreno (opa! Mesma música do Funk Fuckers de novo) e experimentar um medo terrível de tudo e de todos, chegando a ter receio de sair lá fora. Aí está um traço do tal pós-colonialismo. O medo de quem tem posse num país completamente desestabilizado, sem seu poder executivo em pleno funcionamento, em épocas de guerra (segunda guerra), depois de colonizadores terem abandonado o país à sorte de suas divergências culturais e étnicas, do tipo “pulei fora, se virem vocês”, é terrível. A todo momento, no livro, vemos leis sendo mal-interpretadas, distorcidas, manipuladas para o interesse de alguém (não que isso não aconteça por aqui, mas no livro a coisa é muito mais visceral), algo muito típico do Estado sem Estado. Isso, aliado ao comportamento dos Tulsi e do próprio Biswas, enfim, os trejeitos da sociedade, me fazem perceber que a cultura de Trinidad e Tobago não é muito diferente da brasileira. Esse romance poderia ter sido “rodado” aqui na nossa terra, afinal. Todo mundo sendo enganado e vivendo na maior pobreza. Serião, fiquei com nojo de algumas paradas da história, como o “sorvete feito em casa”, que é guardado num freezer velho que fica soltando pedacinhos de ferrugem em cima do sorvete. Yuck!

Essa coleção do Naipaul da Companhia das Letras é bem bonita, vai dizer. Esse livro em questão é sinistro, porque são 522 páginas em letra miudinha, pra caber mais. Então é um livro que eu suei pra ler. Dica para vocês, crianças: evitem começar a ler um autor por seu maior livro, mesmo que seja um clássico. A exceção de Crime e Castigo, é claro, e também pro caso de você resolver ler Pamuk — o cara não faz muito livro pequeno, então não tem jeito. Bom, mas eu fui, demorou mas tô aqui falando dele pra vocês. Tradução do Paulo Henriques Britto, papel pólen e fonte Garamond. Tem prefácio do autor e na quarta capa, citações elogiosas de balangudos da literatura como Paul Theroux e Anthony Burgess. Ah, o livro também ganhou o prêmio Grinzane Cavour, da região de mesmo nome da Itália. Um prêmio importante, mas desconhecido, que já premiou e homenageou muita gente boa (inclusive o Cesare Pavese, Carlinha!). Tá demais, né?

E a propósito, como vão as leituras do desafio de vocês? Já leram algum autor a que se propuseram? Não quero controlar, só estou curioso mesmo. Se quiserem, escrevam aí embaixo!

Comentário final: 522 páginas pólen soft. Arranca o braço do James Franco em 127 horas.

 

Bolão do Nobel

Admito, esse blog tá cheio das papagaiadas mesmo. Daqui a pouco estarei fazendo sorteio de cartas ao vivo com a Susana Vieira jogando os envelopes pro alto enquanto o Luigi Baricelli anuncia vencedores do Caminhão do Livrada! que dá um show de móveis pra sua casa. Mas até lá, vamos ficar aqui brincando de populismos.

Então, o Desafio Livrada! 2011 tá bombando. Se você não sabe o que é ainda, é só clicar no banner ridículo ali do lado. Aliás, me empolguei com essa de banner. Vou fazer uma empresa que faz banners ridículos pra empresas, e vai chamar “Banners ridículos do Yuri” porque é um bom nome. Enfim, a parada basicamente se resume a ler quatro livros de um mesmo prêmio Nobel ao longo desse ano. É uma boa desculpa pra conhecer melhor um autor consagrado, afinal. Enfim, as pessoas que já declararam que vão participar do desafio são essas. Participe também e eu atualizo a lista aqui.

Bom, por ordem de aderência (ao desafio, não quero saber se meus leitores grudam ou não grudam na frigideira):

Fausto – Mario Vargas Llosa

Lucas – Harold Pinter

Raphael – J.M. Coetzee

Jackson – Tá pra me dizer ainda.

Angela – José Saramago ou Mario Vargas Llosa

Francine – José Saramago

Carlinha – Orhan Pamuk

Suelen – Doris Lessing OU Günther Grass OU J.M. Coetzee OU Samuel Beckett

Lálika – J.M. Coetzee

Olga – J.M. Coetzee

Isabelle – José Saramago

Alison – Harold Pinter

E eu, obviamente, vou participar também. O autor que eu escolhi foi o V.S. Naipaul, se a rotina me permitir. Alright, bola pra frente e quem ainda não se decidiu, decide aí que vai ser maneiro.

Agora, our main event this evening.

Resolvi fazer um bolão do Nobel esse ano porque primeiro, a Carlinha sugeriu e, segundo, porque o Jackson queria escolher o Philip Roth pro desafio Livrada! 2011 porque tem certeza que ele vai ganhar o Nobel esse ano. Além disso, o Livrada! completa um aninho em Abril e melhor lançar a promoção desde já. Então taí, vamos lançar o Bolão do Nobel, que não é exatamente um bolão, mas soa legal. Melhor do que Toto Bola do Nobel, ou Jogo do Bicho do Nobel, enfim.

Vai funcionar assim: Você escolhe um escritor que você acha que vai ganhar o prêmio Nobel esse ano e faz uma aposta. Cada um só pode fazer uma única aposta e não pode mais trocar.

Pra participar é fácil. Primeiro, você precisa ser assinante do RSS do Livrada!. Se você não sabe fazer isso, é muito fácil. É só clicar na aba RSS ao lado da aba “Quem Faz”. Isso, esse quadradinho laranja. Aí você cadastra o site no seu reader ou e-mail favorito. Pronto, agora é só deixar um comentário aqui nesse post, contendo unicamente o nome do escritor que é a sua aposta. É por ordem de chegada mesmo, moçada, então bora agilizar, porque os favoritos desse ano vão ser chutados logo. O vencedor que fizer a aposta certa vai levar pra casa esse livrinho sapeca aqui:

 

É claro que, como só tenho um livro pra sortear, só uma pessoa vai ganhá-lo, e vai ser a pessoa que acertar com o chute certeiro e em primeiro lugar dos demais. Se mais alguém apostar no vencedor, esse vai se contentar com um post dedicado aos vencedores e seu nome no hall da fama no Livrada!, além de um belíssimo espaço publicitário pra você deixar seu telefone de contato, porque vai chover gente te perguntando os números da mega sena, sabidão.

Lembrando aos apostadores imponderados que o prêmio Nobel de literatura só premia autores VIVOS e com certa relevância literária. Quer dizer, vocês podem votar em quem vocês quiserem, só tô dando uma dica. Vai que esse ano o Dan Brown ou o Paulo Coelho levam?

Bom, a aposta é válida até o dia 15 de setembro, e aí eu seguro as apostas até novembro, quando sair o prêmio, porque aí as casas de apostas abrem e não quero ninguém se pautando por cotação de aposta de casas de aposta alheias, valeu? Caso ninguém acerte, aí eu sorteio o livro numa dessas promoções de comentário.

Então corre aí.

 

 

Desafio literário Livrada! 2011

É isso mesmo, bora aderir a uns modismos pra variar.

Alguns leitores mais ligados no mundo virtual da crítica literária podem ter percebido que do ano passado pra cá pipocaram desafios literários na rede. Alguns são bem imbecis, como o de ler um livro por dia, 50 livros por ano ou só livros com mais de 350 páginas. Isso tudo, na minha humilde (e por isso mesmo, melhor do que todas) opinião, é um desserviço ao prazer de ler um livro. Quantidade não é qualidade, e acho melhor um sujeito que leia 2 livros bons por ano do que o que lê trinta e sete Paulos Coelhos da vida.

Por isso, resolvi fazer o primeiro desafio literário qualitativo da internet. O difícil é qualificar um livro como bom ou ruim, então escolhi um critério que eu acredito sinalizar um mínimo de competência literária por parte do autor:

O desafio literário Livrada! 2011 consiste em:

Ler quatro livros de um autor premiado com o Nobel de literatura.

Veja bem, eu disse QUATRO livros, não disse sete, não disse dez, não disse quarenta e oito. Apenas quatro. Dessa forma, você não se estressa em ter que cumprir prazo (afinal, estamos em janeiro, dá tempo de ler quatro livros até dezembro não dá, zé lesma?), e, ao final do ano, vai ter conhecido um pouco mais sobre um autor pra sempre marcado nos anais (!) da literatura. Então, tá fácil, tá moleza, tá divertido, mão na massa!

Claro que, como todo desafio literário requer um banner, eu fiz um banner também. Mas, gente, considere que eu mal sei mexer no paitbrush. Que sei eu de fazer banners? Sendo assim, fiz um desenho tosco com a minha habitual cara de bobo e esse vai ser o banner, check it out:

Eu avisei que não sabia fazer banner. Enfim, se tudo der certo, copie o código da caixinha ali na parte dos recados (menu da direita) para colocar essa MARAVILHA no seu blog, site, ou etc.

E se tudo der certo, esse desenho horroroso vai estampar seu cantinho virtual.

Depois deixem aí nos comentários que autores vocês escolheram, e aí eu atualizo uma lista com o nome dos participantes do desafio.

Alea jacta est = Em rio que tem piranha, jacaré usa camisinha (tô fera no latim).