Ernest Hemingway – Paris é uma festa (A Moveable Feast)

a moveable feastEstamos aqui mais uma vez para falar de Hemingway. Discutia com o Murilo dia desses sobre o fato de Hemingway ser ou não um escritor raso. E Murilo achava que não, mas eu digo que sim, mas digo também que ser raso não é um defeito – muito longe disso. Alguns dos escritores mais queridos de gerações (principalmente de jovens) são rasos, e por serem rasos, mantiveram sua popularidade por muito mais tempo. E veja também que raso não significa sem conteúdo. Hemingway escreveu o que viveu, e viveu muitas coisas, ora bolas, como um sujeito como esse pode escrever um monte de nada? Hemingway apenas tinha como meta em sua vida, e isso é reiterado em várias de suas memórias, incluindo esta, escrever apenas verdades.

E a verdade de Paris é uma Festa é tão convincente e apaixonante que Woody Allen certamente usou essa bagaça pra escrever o seu Meia-Noite em Paris. Porque o que lemos nessas páginas memorialísticas (que não dá pra chamar de romance pela aleatoriedade dos episódios) é o jovem Hemingway em sua melhor forma física sendo feliz na capital da luz. Com sua mulher, seu gato e seu filho pequeno (que é cuidado pelo gato), Hemingway bebe e convive com grandes personalidades da sua época que também moravam em Paris, como Gertrude Stein (não me desce a literatura dessa mulher, mas ele elogia tanto que talvez um dia dê mais uma chance), Fitzgerald, Ford Madox Ford Ezra Pound, James Joyce, Picasso e também Sylvia Beach, dona da Shakespeare and Company, livraria muito simpática que existe até hoje na cidade e que é realmente charmosa por dentro. É lá que o autor pegava livros emprestado e entrava em contato com o melhor da literatura russa, inclusive Tolstoi e Turgueniev, que ele adorava, e Dostoievski, que pra ele escrevia muito mal mas transmitia muitas emoções, vê se pode. Hemingway então embarca em uma história que já nos foi contada muitas vezes e por muitas pessoas, incluindo John Fante, que escreveu Pergunte ao Pó em 1939: a relação com a própria arte e a relação com o mundo real, no qual é preciso sobreviver. Hemingway tenta viver da própria literatura em Paris e com o pouco que ganha aposta nos cavalos para complementar renda enquanto tem que prover uma família pequena, da mesma forma que Arturo Bandini estava vivendo o sonho de ser escritor em Los Angeles ao mesmo tempo em que lutava para não morrer de fome na pensão fedorenta em que morava.

E o que a gente apreende disso para além da literatura numa tentativa de fazer de Hemingway um escritor profundo? A simples noção de que é preciso viver e viver fazendo o que se gosta. E claro, que a época dele foi a melhor de todas e que na sua só tem zé mané então desista porque todo o glamour foi embora com a praticidade do mundo moderno. Seu bolha.

Ernest HemingwayO que Hemingway escreve sobre si mesmo é altamente duvidoso se levarmos em conta o sério problema de afirmação que ele teve durante vida e que pode ser facilmente comprovado pelas histórias que escreveu. Hemingway se vê como um jovem e brilhante escritor, uns dos mais brilhantes de sua carreira, e guarda muitas reservas a reconhecer seus pares como iguais. Também se vê como um sujeito descolado em certa medida, e um bom amigo para as pessoas. É assim que narra uma viagem que fez com um histriônico Scott Fitzgerald e que conta como sua relação de amizade com Gertrude Stein chegou ao fim. Ora, rapaz, e o que os outros pensavam de si?

E Paris, vocês me perguntariam? Milhões de turistas vão todos os anos para a cidade mais visitada do mundo atrás do glamour de ficar horas em filas e disputar cantos para fotografar a Monalisa. Paris parecia ser muito mais fina naquela época do Michaud e do Deux Magots em que a água mineral não custa cinco euros seus desgraçados que fazem a fama em cima dos outros, vocês vão ver. Em dado momento do livro, Fitzgerald está preocupado em não ter um pinto muito grande e Hemingway o leva até o banheiro para dar uma fiscalizada totalmente heterossexual e, não convencido com as notícias reconfortantes do Papa, é levado pelo autor para o Louvre para ver umas estátuas de pinto pequeno. “Vamos até o Louvre. Agora! É só descer a rua e cruzar o rio”, diz ele como que jogando na cara da sua viagem completamente planejada de quatro dias a Paris o que ele podia fazer naquela época. Ver uns pintos no Louvre? Pois não, basta descer a rua e cruzar o rio! Nada de comprar pacote da CVC, nada de ficar horas espremido na classe econômica, nada de esperar mais algumas horas na fila do museu para aí sim, acotovelando muita gente, conseguir ver os pintos que Hemingway e Fitzgerald apreciaram naquela tarde de maneira com-ple-ta-men-te heterossexual. Paris era assim, uma cidade de acasos, de espontaneidade, de conveniências. E isso está morto pra você, seu patético, desde que nasceu. Toma essa, diz o livro do Hemingway.

Esse livro é publicado pela Bertrand Brasil e tem o seu projeto gráfico completamente modificado, com capas gráficas, tamanho grande, a assinatura do mestre na frente ao invés do nome e tudo mais o que eu já falei nas outras resenhas do cabra aqui e aqui. Esse ainda tem umas fotos da época, um sujeito com cara de emburrado mas aparentemente muito feliz e seus amigos escritores. Ponto pra Bertrand, tá demais essa edição.

Comentário final: 250 páginas em papel reciclado. Bem melhor que conferir o bilau dos outros no banheiro, amiguinho!

Um rolé pelo Orelha de Livro

Esse post é pago

O post de hoje é um tapa na cara de vocês, meus antípodas que não me negam a visita hebdomadária que clamam pelas minhas costas que minha função nesse mundo de meu Deus é ficar destilando opinião que ninguém pediu. Pois veja só, além dos leitores que me indicam livros e me pedem comentários sobre ele, o Orelha de Livro, que é uma rede social de livros muito da simpática, me pediu uma opinião sobre a interface do site e da minha experiência navegando por ele.

orelha de livro home

Eu sei que nós, beletristas e leitores de ocasião, passamos muito tempo enfurnados entre páginas brancas, amarelas e carcomidas pelo tempo e raramente paramos para cheirar as flores dessa rede mundial de computadores, de modo que muitos de vocês talvez estejam me perguntando que diabos é uma rede social de livros (e aos que estão me perguntando o que é uma rede social em pleno 2015, peço a gentileza de regressar a seus devidos sarcófagos). Pois bem, o Orelha de Livro é muito similar a uma rede social no estilo do Facebook, onde você tem o seu perfil, com as suas coisinhas, e um feed de notícias, com atualizações do seu perfil e do perfil de amigos/seguidores. A diferença é que o assunto aqui é livro, e a rede abre um espaço para que você monte a sua estante virtual, cadastrando livros em categorias como “já li”, “estou lendo”, “quero ler” e “favoritos”. As categorias são autoexplicativas e a navegação no site é bem intuitiva também. Aprende essa, LinkedIn.

orelha do livro feed

Como não tinha conta, abri uma rápido logando com o Facebook, que parece ser o único jeito de fazer uma conta por lá. Embora o login pelo Face seja uma solução rápida para os preguiçosos (e sabe o que Deus faz com preguiçosos, meninos? Isso mesmo, trombose), sempre fico meio ressabiado de usar meu sacrossanto perfil na rede do Zuckerberg pra qualquer coisa porque tenho medo de me tornar um daqueles chatos sociais que te mandam solicitações toda hora e as pessoas acham que é vírus quando na verdade é só você sendo pentelho mesmo. E acreditem ou não, tem muita gente que lê e não tem Facebook porque não gosta de rede social, então acho que o site poderia ser uma alternativa saudável para introduzir esse povo nessa second life na qual todos estaremos um dia. Fica a dica aí, galera!

Fui procurar alguns livros para cadastrar na minha estante e a coisa foi mais fácil do que pensava. Ao invés de procurar um livro e aí escolher a categoria em que você quer colocá-lo, é só buscar direto dentro da categoria. Badabim, badabum, voilà.

orelha de livro estante

Aí com o livro na estante, dá pra fazer o diabo. Resenha, comentário, dar estrelinha, faz teu show, ou não faz. Fica peixe e aprende. O papai aqui queria ver também como funcionava o cadastro de livro porque rede social tem que ser colaborativa e pra ser colaborativa tem que ser sem enrolação. Cadastrei o da Marguerite Yourcenar que tenho aqui e a coisa é mais mole que mastigar água de cabeça pra baixo, olhaí:

mishima

Bom, mas esse é o básico do básico. Vejamos que outros elementos o Orelha de Livro tem para agregar ao camarote. Ele também tem uma seção só de blogs (Cuma??? E eu não tô lá??), para você seguir por lá mesmo, assim as atualizações dos blogs que você segue aparecem no seu feed. Exatamente, como o reader do wordpress, aleluia, alguém fez uma coisa melhor do que aquilo. Se você só lê blogs literários, é uma mão na roda juntar todos os que você gosta ali. Só não é muito claro como faz para cadastrar… Acho que você tem que mandar um e-mail pros caras e solicitar, eu acho, senão dá brecha pra muita coisa híbrida e sem graça.

blogs

Aí tem a parte social da coisa. Achar os amigos, trocar informações com os leitores, ir adicionando e fazendo novos contatos, enfim, essas coisas boas de ter uma rede social com pessoas que gostam das mesmas coisas que você. Aliás, tá demorando pra ter uma rede social de relacionamento que usam os livros da sua estante para achar seu par… ou seus favoritos do Netflix…. mas estava divagando. Além dos amigos, dá pra achar também os autores que você mais gosta, que, caso você realmente leva a coisa a sério, são tão seus amigos quanto seus amigos. Mas os autores que eu gosto não têm muito seguidores, então vou dar uma força pra eles. Quem sabe eu lanço tendência, né? Já dizem por aí que eu sou formador de opinião, bora formar umas opiniões melhores a respeito deles então.

Comentário Final:  O Orelha de Livro é uma rede social de livros bem grande e completa, com uma interface intuitiva e com o ponto alto de ter um feed só de blogs literários. Achar os amigos e cadastrar os livros é bem fácil, e começar a seguir os autores é mais fácil ainda. E assim que meu blog estiver lá entre os blogs literários vai ficar pelo menos cinco vezes melhor! YEAAAAAAAAAAH

Barbara Demick – Nada a Invejar (Nothing to Envy)

Nothing to EnvyVamos falar de Coreia do Norte, já que o assunto é a Coreia do Norte por esses tempos. Os proto-chineses estavam ameaçando bombardear os Estados Unidos caso a Sony Pictures lançasse o filme A Entrevista, uma comédia bobalhóide (olha eu inventando palavras) do Seth Rogen e do James Franco em que eles vão até o supracitado país para matar seu líder extremo, o rechonchudo Kim Jon-Un, neto do presidente eterno do país Kim Il-Sum. Hackers invadiram o sistema da Sony, todo mundo amarelou no projeto, as pessoas começaram a dar nota máxima pro filme no Imdb em solidariedade, a Sony voltou atrás, lançou A Entrevista e o filme agora concorre a várias categorias no Framboesa de Ouro, que premia as piores porcarias que a sétima arte produz no ano. Viva, quase começaram uma guerra por causa de um filme intragável. Mesmo assim, pelas minhas contas e se não me engano, essa é a terceira ou quarta ameaça de guerra que a Coreia do Norte faz e não cumpre, o que já dá praqueles malucos suicidas que adoram guerra e que fazem tantas coisas legais pra gente comprar tomarem como deixa e realizarem a tão sonhada investida.

Fato é que os Estados Unidos não brincam com a Coreia do Norte pelo mesmo motivo que você não olha debaixo da cama a noite: não se sabe o que tem lá. O país é um dos regimes mais fechados do mundo e os turistas só podem visitar a capital Pyongyang e em visitas guiadas, sem falar com ninguém (uma amiga minha foi e eles foram levados pra visitar, entre outras coisas, uma fábrica de fraldas e um boliche). Por causa disso, a jornalista Barbara Demick, que era correspondente em Seul do Los Angeles Times em 2001, começou a querer investigar como eram as vidas dos habitantes da Coreia Caída. Daí nasceu o livro Nada a Invejar: Vidas Comuns na Coreia do Norte, que é, tecnicamente, um livrorreportagem como vários outros que figuram na coleção de Jornalismo Literário da Companhia das Letras (Stasilândia, por exemplo, tem uma estrutura muito parecida). Não entendi direito porque esse livro não ganhou o selo, assim como outros livros de estrutura jornalística publicados pela editora. Concluí que não ganha o selo aqueles livros que eles acham mais ou menos, mas ainda assim bons para publicar. Se essa é a posição deles mesmo, vou discordar, porque achei Nada a Invejar um livro muito maneiro, principalmente quanto ao tema.

É claro que a Barbara não teria como entrar lá e falar com os coreanos, então falou com os desertores do regime que moravam na Coreia do Sul, e as histórias retratadas no livro são tão distintas entre si quanto ricas. A grande parte delas são de mulheres, que tiveram condições mais ou menos favoráveis dentro do país e que sucumbiram, de alguma forma, ao rígido sistema de disciplina e louvor ao partido criado. É assim que conhecemos, por exemplo, a história de Mi-ran, cujo pai havia lutado na guerra contra a Coreia do Sul do outro lado, razão pela qual entrou na lista negra do partido e nunca conseguiria qualquer coisa. Ou a Sra. Song, devota fervorosa do Partido dos Trabalhadores (o de lá, não o daqui) que começa a comer o pão que o diabo amassou quando o generoso líder morre e sua já incompetente gestão de pseudo-comunismo pseudo-maoísta dá com os burros n’água totalmente. A fome, a disputa por um lugar ao sol, a falta de energia elétrica e outras penúrias são uma constante em todas as histórias.

Barbara DemickAlguns méritos do livro, além das histórias. Como a Coreia do Norte é a mesma coisa que nada enquanto país para a cultura do ocidente, a autora consegue pincelar, em meio aos relatos, parte da história do país e um pouco de sua cultura. Como a Coreia foi dividia, como ela era organizada e tudo mais. Ponto pra Barbara. Depois, há o desafio de explicar para mentes que cresceram no mundo livre como se cria o fanatismo por uma causa política e as monstruosidades que vemos na TV, tipo o povo se jogando no chão e chorando por conta da morte do Kim Jong-Il. Os aparatos de controle ideológico do Estado coreano são monstruosamente eficazes, criando nenéns sob a imagem do líder supremo e instalando estátuas em qualquer fim de mundo (e na Coreia, o que mais tem é fim de mundo). É sempre muito difícil entender como as pessoas podem estar passando todos os perrengues no mundo e ainda assim apaixonadas pelo governo e dispostas a morrer por ele (até de fome… quando a comida rareou, o governo iniciou um programa para incentivar as pessoas a fazerem só duas refeições por dia), mas a narrativa das histórias contém elementos em comum que permitem entender um pouco melhor essa maluquice. Ponto pra autora também.

Por outro lado, o livro tem alguns vários problemas. Pra começar, a autora se repete muito, talvez numa tentativa de estressar o real significado do que está sendo narrado, talvez numa demonstração de espanto legítimo, mas é que a gente não pode esquecer de tirar as gordurinhas do texto, né, moça? Além disso, em alguns trechos ela também se contradiz. Em uma hora, ela explica que a política na Coreia organiza as pessoas em uma espécie de sistema de castas no qual não é possível subir, apenas descer, e num momento seguinte conta a história de uma pessoa que consegue ganhar a simpatia do partido, entre outras pequenas coisinhas. A maioria delas é fruto de um claro desprezo por regimes como o coreano, sendo a autora norte-americana, é relativamente compreensível, mas come on! (Aliás, ela também explica como os coreanos aprendem a odiar a Coreia do Sul e os Estados Unidos desde pequenos e como os americanos, coitadinhos, tentam ajudar e são injustiçados). Coisas assim tiram um pouco o tesão pela leitura, mas comprometem pouco o resultado final (mas comprometem).

Em papel pólen e fonte Minion (que é a fonte que a editora usa pros seus livros-reportagens, rá!), Nada a Invejar tem poucas fotos, e muito pequenas. Senti falta das ilustrações até porque as imagens sanam muito mais instantaneamente a curiosidade pelo país do que os relatos, e servem de bons complementos também. Enfim, tem, mas faltou. Papel pólen e a capa do grande monumento de Kim Il-Sum em Pyongyang só nos pezinhos ficou bom na capa, e o título do livro em coreano na lombada também tira uma onda. Ah! O título, aliás, vem de uma das placas motivacionais espalhadas pelas cidades e campos, que diz “Nada temos a Invejar no Mundo”, que é o equivalente ideológico àquele couro que você bota do lado dos olhos do cavalo pra ele não se distrair olhando pro lado e andar direitinho conforme você manda. Iradinho.

Comentário final: 412 páginas em papel pólen. Porrada na cara do gordinho norte-coreano!

Vídeo: Desafio Livrada! 2015

Agora sim! Sejam bem-vindos oficialmente ao Livrada! 2015, que é o Livrada! on fire. Estamos em site, Twitter, página do Facebook, canal do YouTube e agora também no Instagram. Quase igual o McDonalds, onipresente, imperialista, querendo dominar o mundo enquanto você cochila. Yeah!

Pra começar o ano (que na verdade só começa depois do carnaval, tem o desafio do ano. Reparou que depois do Desafio Livrada! 2014 quase todos os desafios literários desse ano seguem esse molde? É, é o Livrada! lançando tendências em terras tupiniquins. Uns tentam me copiar, outros tentam… ah, sei lá, não tenho vocação pra fazer frase de piriguete.

Pra quem não sabe, já tinha lançado no começo de janeiro o Desafio Livrada! 2015 no Facebook. Mas aqui vão as 15 categorias e o vídeo explicativo (mais ou menos explicativo). Antes, contudo, algumas palavras sobre esse desafio.

Ele segue o mesmo molde do ano passado, só que a novidade é que agora existem categorias que vão causar desconforto, não importa qual tipo de leitor você seja. As categorias do ano passado eram mais abertas e mais flexíveis ao gosto de cada um, mas o Desafio Livrada! 2015 é um desafio de verdade porque invariavelmente você vai ler um ou dois ou três ou cinco livros que não leria de outra forma, e talvez sequer consideraria. Com isso, contudo, espero não irritar os leitores, mas fazer o papel de um blog literário, que não é, ao contrário do que alguns pensam, guiar o consumo, mas apresentar novas oportunidades de leitura e interpretação. E a interpretação passa pela diversidade. E a diversidade passa pela experiência do conhecimento, e a experiência do conhecimento nem sempre é massa. Então, fuerza.

Desafio Livrada! 2015 – HIGHWAY TO THE DANGER ZONE

1- um livro policial
2- um livro infanto-juvenil
3- um livro de ficção científica
4- um livro escrito antes do século 20
5- um livro de ensaios, artigos ou crítica literária
6- um livro que você já está querendo ler há mais de dois anos
7- um romance com protagonista feminino
8- um romance africano
9- uma peça de teatro
10- Um romance de realismo maravilhoso latino-americano
11- um livro que todo mundo diz que merece uma chance mas você acha que não
12- uma biografia
13- um livrorreportagem
14- um livro que virou filme.
15- Pastoral Americana

MONTAIGNEClica no Montaigne.