Erico Verissimo – O Continente (O tempo e o vento parte 1)


Já começo avisando: não vou ajudar ninguém com trabalho de colégio, valeu? Toda vez que resolvo escrever sobre um clássico da literatura nacional, atraio que nem imã (“fucking magnets, how do they work?”) uma cambada de estudante desesperado por resumos e detalhes sobre a obra. Galerinha: vamos largar o Playstation, vamos desligar o World of Warcraft, vamos parar de ver filme de mulher pelada, vamos parar de ficar olhando para o teto por algumas horas e vamos dar mais valor para a ínfima parte da cultura nacional que de fato, tem algum valor.

O tempo e vento, meus amigos, o tempo e o vento! El tiempo y el viento, the temptation and the ventation, le tempé et le venté, der tempschlaschtung und die ventaschtwaft, pra gastar aqui toda minha eloquência em línguas estrangeiras. Essa maravilhosa saga familiar escrita por Erico Verissimo (aprendam: o nome do cara não tem acento em parte alguma). Para quem chegou agora no assunto da boa literatura, a obra é dividida em três partes: O Continente, O Retrato e O Arquipélago, e conta a história da família Terra-Cambará, a família mais pé fria pra política da história da humanidade. Incrível! A única vez que eles apoiaram os situacionistas, logo quem? Getúlio Vargas! Mas bom, não sou de dar spoilers, então leia quem não leu ainda.

O Continente, muito provavelmente, vai ser o livro mais emocionante que você vai ler em toda sua vidinha. De emoção mesmo, da parada pegar você de jeito e você não largar mais do livro. Nem Harry Potter faz isso, cumpadi. O livro traça uma narrativa não-linear a partir daquela revolução federalista de 1893, pendenga da gauchada dividida entre os pica-paus e os maragatos (adivinha de que lado a família estava?). São várias histórias, das quais se destacaram a de Ana Terra, mocinha pioneira que se f*** (meu pai falou pra eu parar de falar palavrão aqui) mais que a Dawn no Bem Vindo à Casa de Bonecas, do Todd Solondz, e a do Capitão Rodrigo, uma versão gauchesca de um careca: só quer saber de farra, mulher e porrada (oi! oi! oi!). Fizeram-me ler o livro “Um Certo Capitão Rodrigo” na escola, e foi uma das poucas leituras boas que a escola me mandou fazer, mas dentro do contexto fica muito melhor.

Engraçado que essas duas histórias mais famosas são todas do primeiro volume d’O Continente. Mas isso não quer dizer que o segundo volume seja menos legal. Como esquecer da Luzia, a Teiniaguá, mocinha encantadora que dá aquele legítimo chá de buça no rapazote Bolívar, só para depois colocar as mangas de fora? E o Dr. Carl Winter, médico gringo que, por alguma razão, se parece muito com o Visconde de Sabugosa na minha cabeça? Enfim, são muitos personagens e muitas histórias pra tentar resumir numa sinopse porca como a minha. Digamos apenas que, enquanto o primeiro livro é mais cru e violento, como toda boa fase de pioneirismo que se preze, o segundo volume é mais brando e começa a entrar no tema das pinimbas familiares que interessam.

Uma coisa bacana de se perceber n’O tempo e o vento é que cada parte da saga foca um aspecto muito específico da história. O forte do continente é a narrativa. Erico mostrou nesse livro (dividido em dois pra ficar mais fácil pra você carregar) que sabe contar uma história, sabe dar emoção pras paradas que ele escreve, sabe ser pintudo quando o assunto é construir acontecimentos; em O Retrato, como o próprio nome já sugere (embora o retrato do título seja mais concreto), o peso da história é na descrição do personagem, ou seja, do Rodrigo Terra-Cambará. Invocando a entidade do nosso querido presidente, nunca na história desse país um personagem foi tão bem construído como Rodrigo. Nem mesmo aquele sujeito sonhado nas Ruínas Circulares do Borges poderia ser mais bem feito. A complexidade do sujeito é realmente de cair o queixo, e quem leu tá ligado; por fim, em O Arquipélago, Verissimo bota o pau na mesa pra falar da política de seu tempo, provando que o cabra tem envergadura pra detalhar as ideias e o momento que viveu. Aí, ó, descobri um padrão. Primeiro livro, narração; segundo livro, descrição; terceiro livro, dissertação. Os três gêneros que a tia maroca tenta ensinar pra você nas aulinhas de redação. E você se perguntando por que diabos esse livro cai no vestibular.

Pra completar aqui o comentário, vamos falar desse projeto gráfico da Companhia das Letras. Deus sabe (sério, ele sabe tudo) que eu não gosto de livro de capa mole sem orelha, mas essa coleção do Erico Verissimo é a única exceção. Livros sensacionais. Capa dividida entre uma cor para cada obra (e são mais de quarenta que o gaúcho escreveu) e uma foto que, se eu for acrescentar um adjetivo pra elas, meu pai vai ficar chateado. E a foto da capa não é a única que é maravilhosa. No verso da quarta capa, uma foto diferente do autor para cada obra, uma mais bonita que a outra. Todas as fotos do projeto são de autoria do premiadíssimo Leonid Streliaev, que inclusive fez o livro “Erico por Leonid – fotos que ninguém viu”. Ele tem um site bacana com o trabalho dele que eu recomendo que vocês conheçam, clicando aqui. Bah, tchê, e não para por aí. Uma boa notícia para os maus leitores do meu Brasil: tem figura nesse livro também! Êêêê! E que figuras: ilustrações do traço livre de Paulo Von Poser, sempre em consonância com a foto da capa e a história do livro. A editora, carinhosa como sempre, fez a gentileza de colocar a árvore genealógica de toda a família (é nego pra caceta!) e uma cronologia que associa fatos históricos com acontecimentos narrados n’O tempo e o vento e também na vida de Erico Verissimo, além da crônica biográfica do próprio (não escrita por ele), que conta um pouco dos bastidores da produção do livro. Que mais? Ah sim, também tem um mapinha muito simpático do estado do Rio Grande, com a suposta localização de Santa Fé, a cidade fictícia onde se desenrola a trama. E para os cabeçudos da academia, surpresa: Prefácio de nada mais nada menos que Regina Zilberman, a Sra. Sabe-tudo do Verissimo, a Sra. Ficção histórica, a Maria Callas dos estudiosos do gênero (não somos dignos! Não somos dignos!). No mais, fonte Janson e papel pólen soft. Enfim, cambada: tá completíssimo, só falta esse livro aprender a fazer café. E não, ninguém me pagou pra eu babar esse ovo pra edição (mas estamos abertos pra negócio, aê, aê!).

Um dia volto para falar das outras partes da saga, mas na sequencia não, senão fica chato.

Comentário final: 413 + 430 páginas pólen soft. Já que são dois, faz um telefone sem fio que ninguém nunca mais mexe contigo.

39 Respostas para “Erico Verissimo – O Continente (O tempo e o vento parte 1)

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  2. essa é uma obra pra ser ler algumas vezes ao longo da vida, e se havia uma coisa que Érico Verissimo sabia fazer era contar uma boa história. seu texto está ótimo, o pessoal do trabalho ficou me olhando torto aqui porque eu tava rindo alto durante a leitura.
    só não entendi uma coisa: por que o capitão Rodrigo é uma versão gauchesca de um careca?

    abraço

    • Ahahaha oi Cássio. Acho que me expressei mal. Quando disse “careca”, na verdade, quis me referir a qualquer estereótipo de fanfarrão, e o primeiro que me veio a mente foi um skinhead maroto, desses do ABC ou dos guetos da Inglaterra, que tira prazer das brigas em que entra, mas poderia ser também um daqueles personagens da música do Forró do Zé Tatu, que acha divertido ter matado dois soldados, quatro cabos e um sargento. Enfim, um sujeito que curte uma farra, não necessariamente um sujeito capilarmente carente.
      Realmente, o plano é voltar a ler o tempo e o vento mais tarde, como você, que já leu a saga duas vezes, né?
      Fiquei amarradão que você curtiu o texto, liga pra esse povo do trabalho não! 😀
      Abraço!

  3. O tempo e o vento é maravilhoso. A construção dos personagens é excelente. Gosto de quatro ou cinco autores brasileiros e, certamente, Erico Verissimo é um deles.
    Ótimo texto, Yuri, também me diverti.

    Beijos!!

  4. Esta é uma obra fundamental na minha vida: li con uns 16 anos, acho. Comprei do CLUBE DO LIVRO, (vc que adora edições devia escrever um tópico sobre o CLUBE DO LIVRO, que acho que acabou, mas não existe sebo que não tenha uma porção) – minha edição do CLUBE, com capa dura e cheirinho de nova chegou em 4 volumes (toda a saga) – com um intervalo de 30 dias exatos entre cada um (papai pagava um por mes e só) – e eu devorei o livro de cabo a rabo – numa das experiencias literárias mais deliciosas que já tive – tenho os mesmos volumes até hoje – (fazem 20 anos) e nunca reli, a não ser trechos.

    • Oi Vinicius! Acho que lembro-me vagamente desse Clube do Livro, e com certeza lembro-me do tempo e o vento dividido em quatro volumes (O arquipélago era dividido em dois, não é isso?). Muito legal do seu pai pagar esses livros pra você, meu pai e minha mãe também são ótimos patrocinadores das minhas leituras, e é muito bom ter pais que incentivam, né? Mas acho que, por mais que você aprecie a leitura com 16 anos, é legal fazer uma releitura na vida adulta (eu, quando deixar de sujar fralda, com certeza vou reler também), pra sacar as nuances da verve poética dele (nos “cadernos de pautas simples”) e também a interminável (até mesmo cansativa) discussão política que rola na última parte.
      Um abraço!

  5. Fala Yuri!

    Primeiro livro que vejo por aqui que eu já li. Lembra que tu se surpreendeu quando eu acertei uma pergunta referente a ele no master?

    Livro muito bom. Me lembro que chegava a sonhar com as cenas enquanto estava lendo, e até hoje ainda tento recriar aquele universo e aqueles personagens na minha mente. Mas o meu Dr Carl Winter não se parece com o Sabugosa não, parece com o padre Quevedo.

    Ano passado eu aluguei na locadora no Perequê o séria que passou na globo nos anos 80 com Glória Pires e Tarcisio Meira. Comecei a ver mas já no começo não gostei não, justamente por ser diferente daquela idéia do cenário que criei na minha cabeça.

    Parabens Yuri, um abraço!

    • Fala Mauricio! Po, finalmente alguém de MBC passa por aqui! Se não é tu e tua verve gaúcha pra ler Erico Verissimo, ia ficar sem nenhum comentário da galera da praia…
      É verdade, você leu e acertou a pergunta no Master, agora me lembro! Isso que você falou de criar o ambiente na cabeça é uma parada que o Verissimo sugere muito bem aos leitores. E, por mais que toda leitura devesse sugerir o mesmo, não é todo escritor que consegue fazer a narrativa criar formas na sua cabeça. Para alguns, só o que a gente consegue imaginar são pessoas sem rosto e nada mais de muito concreto. Ponto pra ele!
      Essa série da Globo eu já vi vendendo na livraria, mas nunca nem me interessei. Fiquei surpreso, porém, de saber que a locadora do Perequê tem esse tipo de coisa no acervo. Vai entender o critério daquele povo…
      Valeu por passar aqui, cara. apareça mais vezes!
      Abraço!

      • Você sabe que eu jamais cometeria tal erro bobo de português… E que jamais faria uma piada ruim e previsível do tipo: “Você sabe que eu jamais cometeria tal erro bobo de portuguêz”.

        Foi erro de digitação! 😦

  6. Mais um livro que ainda não li e que ainda lerei!
    Mas as suas sugestões e as da Carlinha sempre são levadas muito a sério! Li o Plataforma e fiquei encantada, que livro maravilhoso! E assisti semana passada o Bem-vindo a casa de bonecas, que também adorei! Muito obrigada sempre por todas as sugestões 😀
    Beijo!

    • Oi Cami! Que legal que você gostou do Plataforma, é realmente um livro ótimo! E o Bem-vindo à Casa de Bonecas só chegou em DVD agora pela maravilhosa coleção da Lume Filmes. O que seria de nosotros sem essa coleção, hein? só o fino do cinema.
      Espero que você leia um dia o Erico Verissimo também.
      Beijo!

  7. Oi Yuri,
    Muito legal o blog! Não conhecia e hoje vim parar aqui pelo twitter.
    Li os dois primeiros livros da saga e não consegui terminar o terceiro. Isso porque na época, quando eu tinha uns 16 anos, o irmão da minha amiga emprestava da biblioteca da faculdade, porque na biblioteca municipal de Guarapuava não tinha. Aí ele viajou e o prazo venceu e eu não consegui renovar o empréstimo.
    Enfim, seu texto foi ótimo pra eu criar vergonha na cara e reler todos os volumes.
    Foi realmente um dos livros mais emocionantes que já li.

    Parabéns!

    • Oi Aline, que legal você passar por aqui!
      A grande desvantagem de ler esses clássicos pegando emprestado das bibliotecas é, além do lance do prazo que você mencionou, a disputa grande pelos mais badalados. Quase não param por lá. Não sei se você leu essa edição nova, mas recomendo vivamentchy que você passe os olhos por essa edição lindona. Garanto que vai te dar um ânimo a mais pra ler a saga.
      Obrigado por comentar e apareça mais vezes!

  8. Oi Yuri! Primeira vez que passo por aqui e eu gostei muito da forma como tu escreves! Vi o link do blog que deixaste em alguma comunidade do Orkut por aí e entrei. Procurei ler primeiro algum post de um livro que já tinha lido, não sei por quê. Eu gostei da forma como tu escreves, porque é uma linguagem jovem, uma linguagem de blog, mas que mesmo assim, não é superficial nas descrições, comparando os personagens a outros clássicos de nossa Literatura.
    Geralmente, eu me sinto mal depois de dizer algo como ‘ah, esse é o melhor livro que já li’ – parece que estou traindo os outros livros, mas com relação a O Tempo e o Vento, ou eu sou uma leitora muito ruim que nunca leu nada que preste e não sabe discernir o bom do ruim, ou Erico me encantou nessa aí e eu consigo dizer, atualmente, que é o melhor romance que já li.
    Parabéns pelo blog, agora vou ler outros posts (provavelmente comentar depois) e aumentar a minha perene lista pendente de livros para ler! hahah, até mais.

    • Oi Aline, sempre muito legal ter leitores novos, e comentando ainda por cima! Seja bem vinda a pequena comunidade de leitores do Livrada! 🙂
      Sim, a proposta do blog é essa mesmo, tentar fazer algo diferente com relação à crítica, ou ao simples comentário literário, fico muito feliz quando as pessoas entendem isso ao invés de ficar falando que eu sou bobagento ou que não sei o que eu estou fazendo heheheh
      O Tempo e o vento é mesmo um livrasso, mesmo se você ler outras histórias na sua vida, essa vai ser sempre uma obra que marcou, não só pra você, mas pra todo mundo que leu ela. Acho difícil alguém dar pouca importância a saga do Verissimo uma vez lida.
      Apareça sempre e comente mais, quando puder. 😀
      Até mais!

  9. até hoje, tenho mais de 60, ouço minha mãe gauchíssima falar desta obra que é sua paixão literária. e mesmo assim eu nunca li os livros(!). mas sua resenha foi tão boa, principalmente pelo seu toque de humor, que não resistirei mais. vou pedir a ela para me emprestar os livros desta saga. é até capaz que ela ascenda uma vela para vc por ter me convencido…rss!
    PS: parabéns por essa página, está maravilhosa. a descobri por uma sugestão na comunidade Literatura. vou consultá-la com frequencia.
    Bacio!

    • Oi Marcia! Que notícia boa. Não só é muito legal ter uma leitora nova como também saber que essa resenha serviu para fazê-la ouvir os conselhos de sua sábia mãe. Garanto que você não vai se arrepender!
      Tomara que apareça sempre aqui, seus comentários serão sempre bem vindos. Obrigado pela visita!
      Bacio (tamos todos versados no italiano hoje!)

      • Beleza Yuri!

        Estou lendo pela segunda vez esta trilogia (estou no primeiro volume de O Arquipélago – a revolução etc.) e afirmo veementemente: é o melhor livro que já em minha vida, e olhe que sou um leitor voraz, assíduo, desde ficção clássica à filosofia.
        Achei interessante no que você disse com relação à releitura; em diferentes idades, e níveis culturais, você aprende a analisar uma obra com mais profundidade. De agora em diante vou acompanhar seu blog diariamente.
        Não esqueço nunca a frase dos castelhanos, no primeiro volume de O Continente, ao estuprar Ana Terra: “Usted primeiro capitán!” A cena é triste em seu contexto, mas pra mim é cômica. Abraço, parabéns pelo blog!

  10. Ahahaha ué, é Jéssica que virou Tarcisio? Não estou entendendo mais nada agora 😛
    Com certeza, a impressão do livro varia muito de acordo com o momento em que você lê, e por isso a releitura às vezes é importante. Passe aqui sempre sim e não deixe de comentar!
    Abraço e obrigado!

    • Oi Filipe, obrigado pelo comentário. Algumas edições antigas de O Tempo e O Vento vinham em um volume só, ou seja, um para o Continente, um para o Retrato e um para o Arquipélago. Mas, vai por mim, é beem melhor ler em volumes. Muito mais confortável, principalmente se você for ficar carregando.
      Abraço!

  11. Olá Yuri,
    Bem sei que o comentário vem já tardio, mas terminei agora mesmo esses dois volumes sensacionais (já encomendei os restantes). E é só graças a si que os li. Como já lhe havia dito, a história que nos é comum vista do outro lado do oceano (ganhei esse gosto com o Viva o Povo Brasileiro) dá uma outra dimensão à história mesmo. Não fazia ideia do quão conturbada era a história do Brasil. Nem que tinha Açorianos nessa parte (daí ter visto tanta hortênsia na minha ida a Lages!). Tal como você, em seu último post do vhm não sabia da emancipação de Portugal da Espanha (rapaz!, nosso primeiro rei nos deu o exemplo batendo na própria mãe! também quem mandou a megera casar com um puto francês!?!), eu não fazia idéia da porrada que andaram levando e dando aí no sul do Brasil. Maravilhoso o livro, e muito obrigado pela dica.

    • Olá, Fausto, que sumido o senhor estava deste antro!
      Fico feliz que tenha gostado d’O Continente. Erico Verissimo é um dos autores que temos de melhor a exportar. E a história do Brasil é complicada sim, como a de qualquer outro país, suponho. Mas a história do Rio Grande é um caso à parte. É como uma espinha no rosto: uma erupção rebelde e magnífica que ocorre de maneira pontual mas representativa para o conjunto.
      Fico feliz também que minha ignorância não seja exclusividade brasileira. Mas a boa e velha literatura está aí para ensinar ao mesmo tempo que diverte. Apareça sempre. Um abraço!

      • Olá Yuri: pára de me chamar senhor rapaz, fico velho!
        acabo de receber os restantes volumes do Tempo e o Vento: acho que tenho leitura para os próximos dias. O risco é que eu sou meio fixado e agora vou ter que esgotar a obra do Verissimo, já tinha lido o senhor embaixador (bestial) e a viagem ao México (muito bom também).
        Como me tinha comprometido a ler o nobelizado Vargas Llosa até o fim do ano, enquanto esperei por esses volumes do Erico peguei um que tinha em casa, de minha mulher, “O Falador”, e após algumas páginas recordei que já tinha lido isso (e não morri de amores…!). Será que fico escusado de nova leitura do Llosa? Vou ter nota ruim? tem castigo? Que se f**a, não tenho mais saco pro Llosa. 1 grade abraço

  12. Olá Yuri atrasadíssima descobri seu blog hoje por acaso tentando lembrar uma frase de O Continente que li a trinta anos atrás, amei o blog, que leitura prazerosa e divertida de seus comentários, estava aqui a rir sozinha, se ainda existir o blog, vou recomendar aos meus alunos quando voltar a sala de aula seus comentários são extremamente pertinentes, e um convite a leitura parabéns!

  13. Pingback: Milton Hatoum – Dois Irmãos (e entrevista com Gabriel Bá e Fábio Moon) | Livrada!

  14. Adorei o texto, o Tempo e o Vento é daqueles livros que depois que lê, você se sente mais inteligente. E sinto muito por obras como essa sejam negligenciadas pela maioria dos brasileiros, por causa de um sistema educacional que torna a leitura um fardo obrigatório tirando a magia dos livros.

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